quarta-feira, 19 de junho de 2013

Considerações sobre os protestos

Fato novo, preocupante e alvissareiro é a nova onda de protestos que se alastra pelo país. É preocupante porque pode ser contaminado por elementos mal intencionados da política e do crime aproveitando a oportunidade para perpetrar seus crimes. É alvissareiro porque demonstra que o povo brasileiro não é tão carneiro assim.
 
Mesmo que tenha começado por um motivo tão aparentemente pequeno (0,20 centavos no aumento de transporte),  tomou grande importância política e social. Devo esclarecer que para um pai de família, com filhos na escola um aumento desses não tem nada de pequeno, é um golpe sério no orçamento familiar.
 
Confesso que inicialmente achei uma manifestação um tanto sem propósito, mas, tirando os atos recrimináveis de vandalismo, vemos um país que não aguenta mais tanto descaramento, tanta falta de respeito para com o povo e suas necessidades. O povo já acordou. Está na hora também de as lideranças políticas, sociais e econômicas acordarem também para o fato de que não se pode ver tantos bilhões de reais serem gastos em estádios a serem usados em três jogos, se muito, enquanto os hospitais caem aos pedaços, as escolas não cumprem o seu papel, os serviços públicos, em resumo, não servem para muita coisa. Pagamos impostos que fazem um nórdico se sentir no paraíso fiscal, mas temos serviços públicos que não chegam nem perto de compensar tamanha facada fazendária. Precisamos pagar por tudo, caso queiramos algo de melhor qualidade. A classe média então é duplamente taxada e várias vezes explorada.
 
Quanto a Copa, Olimpíada e outras grandes despesas, caberia uma discussão mais profunda e séria, mas particularmente, sou contra no momento atual, no qual há tanta coisa a se fazer neste país. Por falar nisso, quais as ações para que a delegação brasileira faça uma boa figura nos jogos olímpicos? Quais os nomes esportivos surgiram depois dos jogos de Londres?  Quantas medalhas - de ouro - vamos ganhar? Ou seremos apenas meros entregadores de medalhas?
 
Tudo de bom.
 
Ronaldo Pedreira Silva.
 
Aláfia.

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