Graças a Deus, estamos chegando ao fim de mais um ano. E que
ano movimentado.
Certamente muitas coisas acontecerão depois de esse texto
ser escrito, mas não dá para falar sobre tudo. Muita coisa.
A discussão do momento é sobre o pé direito de sandália
Havaiana, em decorrência de uma propaganda para a marca pela atriz Fernanda
Torres, premiada com o Oscar, na qual ela diz que não devemos começar o ano
novo apenas com o pé direito, mas com os dois pés. Espero que daqui a uns anos
possamos dar risadas desse episódio. Enquanto isso, cerca de 500 milhões de
reais são cortados das verbas das universidades federais. E cerca de 61 bilhões
são destinados a emendas parlamentares.
Foi um ano de guerras, Ucrânia, Congo, Somália, Líbia,
Síria, Moçambique e a eterna guerra no Oriente Médio. Israel e EUA atacaram o
Irã. Este, por outro lado, atacou Israel. Os guerrilheiros Houthis atacaram
navios mercantes nos mares Vermelho e Arábico, pelo Estreito de Bab al-Mandab e
pelo Golfo de Áden, inclusive um porta-aviões estadunidense, causando alvoroço
às potências ocidentais. Líbano atacada, Gaza parecendo que foi terraplanada e
milhares de inocentes morrendo em nome de uma ordem que não conseguimos
compreender, de tão desumana.
O Prêmio Nobel da Paz não foi dado ao presidente Trump, como
ele queria, mas para Maria Corina Machado, opositora do regime Maduro, na
Venezuela. Fugiu de lá. E há quem diga, que esse prêmio teve influência dos
EUA. Por outro lado, a FIFA criou um prêmio para o presidente estadunidense.
Todo mundo fica contente. Deixa quieto.
Tivemos nesse ano um julgamento histórico, que chamou a
atenção do mundo. O STF levou ao tribunal os componentes da cúpula da tentativa
de golpe de Estado de 08 de janeiro de 2023. Nesse julgamento, oficiais
generais e outros de alta patente, agentes públicos com cargos de direção foram
condenados. Foi a primeira vez que isso aconteceu. E vamos ver até onde isso
vai levar.
Antes que me esqueça, estamos vivendo uma epidemia de
feminicídio. Uma coisa descontrolada. As autoridades devem tomar uma
providência enérgica e exemplar. Ninguém tem o direito de dispor da vida de
outra pessoa, porque ele/a não que começar ou continuar um relacionamento. As
mulheres precisam que os homens se conscientizem que a raça humana não nasce em
chocadeira. Todos, indistintamente nascemos de uma mulher. Será que esses
elementos não têm mãe?
Foi também um ano no qual a natureza mostrou que não está
contente com o nosso comportamento. Os desastres naturais foram mais
frequentes, mais violentos e mais intensos. Mesmo quem não acredita no
aquecimento global pode negar que estamos colocando em risco o nosso futuro
como espécie.
Tivemos um tarifaço do governo estadunidense, e parte, fruto
da ação de "forças ocultas" contra a economia nacional.
Também tivemos o fato de que nossas crianças e adolescentes
estão sob constante ataque digital. O influenciador Felca lançou denúncias que
culminaram na prisão de aliciadores e exploradores sexuais e levantou a pauta
da segurança digital e do controle dos conteúdos que são veiculados para os
nossos jovens. Um perigo que ronda nossas famílias.
Houve também notícias boas como o prêmio Oscar para a atriz
Fernanda Torres pelo filme “Ainda estou aqui”
O cinema brasileiro mostra sua qualidade para o mundo.
No final de tudo, o mundo ainda não acabou, apesar dos
esforços incansáveis para isso.
A política não perdeu nenhuma oportunidade de mostrar o completo
desinteresse pelas necessidades do povo que prometeram representar. Os
escândalos se avolumam de tal modo que não é possível acompanhá-los.
Outra coisa que me chamou a atenção foi o fato de que mesmo
após a pandemia que se abateu sobre a Humanidade esta não melhorou. Eu pensei:
quando essa catástrofe acabar teremos um novo homem (no sentido genérico). Que
nada. Ao menos aos meus olhos, o ser humano está mais egoísta, mais violento,
países começam guerras como se cada vida a se perder não valesse nada.
Mas não podemos perder a esperança de tempos melhores,
afinal não há mal que sempre dure.
Um novo ano se aproximam. Mas não tenhamos ilusões. Nada
mudará se o ser humano não mudar primeiro. O mundo só muda se o ser humano
mudar. A não ser que o pior aconteça e a espécie humana seja erradicada. E não
queremos isso, certo?
Então, agradeço a todos/as que honraram esse humilde blog
com seus acessos. Espero em Deus que Ele nos ilumine para disponibilizar temas
interessantes e relevantes.
Desejo a todos/as que 2026 seja um ano repleto de coisas
boas para o povo brasileiro. E como será um ano de eleições, que reinem o bom
senso, a consciência, a tolerância e o respeito. A ninguém é dado o direito de
atacar outra pessoa, que não comunga de suas opiniões e ideias.
Que o respeito pelo direito às diferenças seja a tônica;
Saúde e paz.
Aláfia.
Ronaldo Pedreira Silva.