09/08/2021
Acabaram os Jogos Olímpico de
Tóquio -2020-2021 e o Brasil quebrou o seu recorde de medalhas. Em Tóquio foram
21, sendo sete de ouro, seis de prata e oito de bronze. Foi um bom desempenho.
Poderia ter sido melhor?
Claro! Mas os atletas dos outros países também foram competir e não apenas
assistir.
A tecnologia foi um dos
pontos altos desses jogos, assim como o calor, que nocauteou vários atletas de longa
distância nas competições do Atletismo. Também, as restrições devido à COVID,
que excluiu o público das competições, o que titou uma parte do brilho do
evento e deu um prejuízo de 15 bilhões de dólares ao Japão. E ainda acontecerão
os Jogos Paraolímpicos.
Como sempre, a tônica dos
jogos foi a diversidade. É sempre uma festa da Humanidade. Pessoas de vários
países, de todas as etnias e credos religiosos e políticos com um mesmo
objetivo presumido: representar seus países do melhor modo possível. Uma
beleza.
Muitas surpresas, nomes novos
em várias modalidades, modalidades novas lançando nomes que ficarão para a História.
Foram os jogos do pioneirismo. Surf, skate, equipes mistas. Quem diria? Quem
antes era visto como desocupados, que praticavam esportes marginais, hoje
conquistaram o posto de heróis olímpicos. Um pessoal jovem, que ainda tem muito
a mostrar e surpreender.
Os jogos elevaram nomes
importantes, que têm grande futuro, com fé em Deus. A Rebeca Andrade, na
Ginástica, Alison Santos, dos 400m com barreiras, qua é uma prova difícil.
Como citado no início, o
Brasil teve um desempenho interessante e citando a diversidade, essa
característica brasileira se fez presente. As regionalidades, as falas e
sotaques, tudo o que faz o Brasil ser o que ele é.
Muito bem, muito bom, mas uma
coisa chamou a atenção e virou até motivo para memes: o número de medalhistas
nordestinos e em particular, baianos(as). A região Nordeste e seus habitantes
sempre foram vistos com maus olhos, como subpovo ou como uma pedra no pescoço
do país. Mas o desempenho dos atletas oriundos de suas terras mostrou que assim
como falou Euclides da Cunha, o nordestino é “antes de tudo um forte”.
Das sete medalhas de ouro
conquistadas pela delegação brasileira, cinco o foram por nordestinos ou com
sua participação Vejamos: Ítalo Ferreira, do surfe, potiguar. Hebert Conceição,
do boxe, baiano. Ana Marcela Cunha, maratona aquática, baiana. Izaquias
Queiroz, canoagem, baiano. Daniel Alves, futebol, baiano. E se contarmos as
outras e tão importantes medalhas o número aumenta. Raíssa Leal, do skate,
prata, maranhense. Beatriz Nunes, do boxe, medalha de prata, baiana. Se a Bahia
fosse um país, com três medalhas de ouro ficaria à frente de muitos países. Uma
potência olímpica.
Se continuar assim, o COI vai
proibir azeite de dendê, como suspeita de doping.
Mas o melhor de tudo, é que
foi uma festa, uma olimpíada de paz, sem violências conhecidas. Para quem já
praticou esportes, os jogos olímpicos são uma demonstração de que o mundo pode
ser um lugar melhor. De que todos(as) têm seu potencial e que basta um apoio
para que as desigualdades caiam por terra, pois ninguém é inferior ou superior
a ninguém.
Um dia, quem sabe?
Veja
também: Olimpíada de Tóquio 2021: SP lidera ranking
'estadual' em total de medalhistas, mas Bahia tem mais ouros
Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/geral-58114439
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