29/03/2021
Dizer que a pandemia tem nos ensinado muitas lições já é redundância, mas tendo visto o agravamento da miséria e da fome entre a população, algo me chamou a atenção: o número de filhos das famílias.
Pelo que me lembro, nenhum governo se preocupou muito com planejamento familiar, uma luta do Dr. Elsimar Coutinho, falecido.
O descaso agora, mais do que nunca está cobrando seu preço. Com o aumento do desemprego, muitas famílias estão passando necessidades e precisando de auxílio até mesmo para comer. E aí, entra a matemática do problema. Uma cesta básica, para uma família de quatro pessoas dura o mesmo tempo que duraria para uma família de oito ou dez pessoas? Óbvio que não.
Essa pandemia vai passar, mas os problemas continuarão e medidas deverão ser tomadas para sua solução. E um desses problemas é o planejamento familiar.
Está provado que não é possível se ter tantos filhos. Nenhum governo consegue e nem conseguirá dar o suporte e a infraestrutura necessários, saúde, educação, geração de empregos para uma população que aumenta desenfreada e irresponsavelmente. Uma campanha de conscientização precisa ser feita nesse sentido.
Deve-se ter cuidado, porém. Não estamos falando de eugenia, mas de uma política de planejamento familiar para ser disponibilizada para toda a população, de todas as classes, especialmente, é claro, aos mais carentes. O objetivo é no futuro, melhorar a aplicação de políticas públicas e que elas sejam mais eficientes.
Não é mais possível se ter filhos ao bem-prazer, com o pensamento de “onde se come um, comem dois”. A conta não fecha. É matemática básica. Onde come um, dois comem a metade.
Consciência, responsabilidade, políticas públicas eficazes e amor no momento de planejar a família.
Ronaldo Pedreira Silva
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