Estamos
comprovando nos últimos dois ou três anos como o Brasil é um país rico,
riquíssimo, de fazer inveja a Salomão.
O
acima escrito pode parecer um paradoxo, mas não é. O montante de recursos de
todos os tipos: financeiros, minerais, biológicos e outros, que é desviado no
Brasil é assustador, mas mesmo assim, sempre há mais a ser roubado. E quanto
mais é roubado, mas aparece. Parece a cornucópia da riqueza.
Mas
um nome tem sempre sido citado como o grande corruptor: Odebrecht. O grande
monstro que desvirtuou os impolutos e inocentes representantes do povo no
Brasil e em outros países. Mas ... e os corruptos? São vítimas inocentes e
incautas? A empresa obviamente não é santa, mas o outro lado da moeda também
não o é.
Se
o corruptor corrompe é porque há quem se suje na lama da corrupção. Além do
mais, não é novidade que no mercado a concorrência é quase assassina. A ENGESA
que o diga, ao perder a licitação para a venda de carros de combate para a
Arábia Saudita para os EUA, nos anos 90. Não teve lastro financeiro para cobrir
as vantagens dos americanos e faliu.
A
empresa não deve pagar pelos erros do empresário, os funcionários – muitos
deles demitidos – não devem pagar pelos erros do patrão. A Odebrecht, empresa emprega
milhares de pessoas, direta e indiretamente e atua em nichos de alta
tecnologia, competindo internacionalmente.
O
que parece é que há uma manobra internacional para tirar a Odebrecht do
mercado, justo quando ela ingressa no competitivo, lucrativo e fechado mundo da
defesa. Um mundo de pouquíssimos para pouquíssimos.
O
crime deve ser punido, mas o Brasil deve ter muito cuidado ao deixar uma de
suas mais importantes empresas à mercê dos concorrentes, que não têm remorsos
nem escrúpulos em levá-la à falência e eliminá-la do mercado. Precisamos lutar
pelo que é nosso se quisermos sobreviver como nação soberana e autônoma.
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